Por   Yuri Gabriel Campagnaro, coordenador do DCE-UFPR 2009/2010, militante   do Coletivo Barricadas Abrem Caminhos e do Coletivo Maio do Direito da   UFPR, membro do Conselho de Representantes Discentes 2010/2011
O   Corredor Cultural é um projeto em parceria da UFPR com a Prefeitura de   Curitiba e entidades comerciais, como a Associação Comercial do  Paraná, e  consiste em reformas no prédio histórico da UFPR e no Teatro  da  Reitoria.
1. Relação do Corredor Cultural com o projeto de revitalização do centro de Curitiba pela Prefeitura e entidades empresariais.
O   projeto está inserido num contexto mais amplo, que abarca reformas no   centro da cidade feitas pela Prefeitura municipal e pelo Instituto de   Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), o chamado “Centro   Vivo”, encabeçado pela Associação Comercial do Paraná. São   reestruturações que visam à revitalização do centro da cidade, que está   em situação de decadência, com prédios feios e abandonados,   prostituição, mendicância, usuários de drogas e um comércio voltado ao   que chamam “classes C e D”.
Essas   reformas começaram há alguns anos, são as obras feitas na R. Marechal   Deodoro, Praça Tiradentes, Paço da Liberdade e, mais recentemente, a R.   Riachuelo e São Francisco. Também se insere nesse contexto a futura   reforma da região da R. João Negrão, que abrigará o novo campus da UFPR.
No mesmo eixo que o Centro Vivo vem a “Corrente Cultural” e eventos como a recente “Virada Cultural”.
Mas em que consistem essas obras e reformas, essa revitalização?
Omar Akel,   administrador da regional Matriz-Centro por parte da Prefeitura, parte   da cidade que está sendo objeto dessa reestruturação, e irmão do  reitor  da UFPR, Zaki Akel, afirmou em entrevista ao jornal Gazeta do Povo que esse projeto visa a “moralização” e “domesticação” da área. 
Segundo   o arquiteto, que é responsável pela revitalização da R. Riachuelo e S.   Francisco, será devolvido a essa região o conceito de “centro  histórico  de cidade civilizada”. Mas, para realizar essa “domesticação”  é  ressaltado o aumento da repressão policial na área: além de mais  câmeras  de segurança, Akel afirmou que “... vamos começar a ver maior  presença  de policiamento na área...”. Uma verdadeira política  higienista. 
Tudo   isso para fazer um grande “shopping a céu aberto”, conforme proposto   pelo SEBRAE, visando, principalmente, o desenvolvimento econômico dessa   área.
            Analisemos   mais a fundo o exemplo da reforma da R. Riachuelo. A obra custará R$   1,5 milhão. Essa despesa será custeada pelo Poder Público e também pelo   SEBRAE e pela FECOMERCIO, seguindo a lógica histórica da Prefeitura,  que  na reforma do Paço da Liberdade teve como parceiro o SESC.
            Um   fato muito importante é que, à época da reportagem da Gazeta do Povo   (19/07/2009), 40% dos imóveis da Riachuelo estavam vazios, isto é, sem   ninguém estar morando nem utilizando para qualquer fim, econômico ou   não, e sem estar para alugar ou para vender. Pura especulação   imobiliária.
            Já   no ano passado, a rua começou a se valorizar e os imóveis nesse  entorno  se tornaram muito mais caros em questão de pouco tempo, assim  como os  aluguéis. Uma comerciante local, na reportagem citada, já  afirmava que  “a rua ainda nem foi reformada e os proprietários já estão  aumentando o  valor do aluguel. Tem imóvel desocupado que já dobrou o  preço”.
            De   forma extremamente cínica, o SEBRAE pretende ajudar os comerciantes da   rua – que têm pequenos negócios, lanchonetes, confeitarias, mas   principalmente brechós e lojas de móveis usados – a mudarem sua   “cultura”. Da moda brega à moda retrô. Como traz a reportagem, “o   arquiteto do Ippuc Mauro Magnobosco, coordenador do Projeto Novo Centro,   aposta na ‘repaginação’ dos brechós e lojas de móveis, mas também na   atração de ‘um comércio mais sofisticado’.”
A   proposta de serviços que visam oferecer é bem sintetizada pelo   empresário do Batel, Alessandro Weber: “Tem que se transformar em um   lugar mais charmoso, nem que seja por um tatuador bacana, um salão de   beleza badalado ou arte na rua”. Ou seja, a intenção é transformar essa   área numa região pop-cult para os ricos “alternativos”, que não gostam   nem de baladas eletrônicas nem de música sertaneja.
Isso   ignora o fato de que com a valorização crescente da região esses   pequenos comerciantes tendem a, em médio prazo, abandonarem a rua e   serem substituídos por um comércio mais luxuoso e afeito a esse “público   diferenciado”. 
Intentam,   conforme o jornal, requalificar e diversificar os negócios da área, o   que “obrigatoriamente passa pela reforma e restauração das fachadas e  da  infraestrutura dos imóveis, alguns deles há muito abandonados”. Mais   gastos para os comerciantes.
Mas   mesmo com essa característica de retirar os pequenos empresários da   região, estes não estão com todo o prejuízo. Transcrevo parágrafo da   reportagem:
“O   poder público espera que os empresários tragam atrativos para a  região,  repovoando o local e gerando riquezas; enquanto os investidores  esperam  que o governo primeiro ‘limpe’ e valorize a área, para que o  risco da  aplicação de recursos caia e a taxa de retorno seja parecida  com a  obtida em outras área da cidade. O pacote de incentivos fiscais  da  prefeitura, até agora, só foi anunciado extraoficialmente e prevê   isenção temporária, por um período de 5 a 10 anos, de Imposto sobre a   Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) aos proprietários de   imóveis e de Imposto Sobre Serviços (ISS), aos empresários da região. Os   incentivos só serão concedidos aos projetos que estiverem alinhados ao   plano de revitalização.”
Da   mesma forma, para pintarem as fachadas dos imóveis, a empresa Tintas   Coral paga a tinta, enquanto que o único gasto dos proprietários é com a   mão de obra do serviço.
Quais são os efeitos dessa reforma?
Especulação   imobiliária, que a partir de imóveis vazios, valoriza a região com o   fim de ganhar dinheiro. Vimos isso também acontecer na Praça Tiradentes,   onde ainda hoje existem prédios inteiros completamente vazios.
Transformação   do centro, decadente, em espaço modelo da cidade, voltado para   consumidores específicos, a classe média intelectualizada e estudantes   do centro – expulsando consumidores e comerciantes de classes mais   baixas.
Privatização   dos espaços públicos, cedendo prédios a entidades privadas, como o  Paço  da Liberdade ao SESC, e incentivando materialmente a valorização  da  região para os comerciantes mais ricos e beneficiando os empresários  com  isenções de impostos, assim como no trecho Tecnopark da Linha  Verde.
Criminalização   da pobreza, pela repressão policial e políticas de iluminação e   vigilância. Lembro aqui que a partir desse semestre a reunião das   viaturas dos Policiais Militares que atuam no centro acontece na praça   Santos Andrade, por onde circulam cada vez mais policiais.
Sem   planejamento há o caos, mas às vezes o próprio planejamento é o   causador do caos. Curitiba é a “cidade modelo”, propaganda, sorriso,   ecológica, etc., porém foi considerada pela ONU este ano como a 17ª   cidade mais desigual do mundo. Também em 2010, a gazeta anunciou em sua   capa de 1º de maio que “Curitiba é três vezes mais violenta que São   Paulo. E empata com o Rio”. Essa desigualdade absurda da cidade, modelo   em sua região central e nos bairros onde moram os mais ricos, perversa   para a maioria, pobre, que mora na periferia, motivou o grupo  Comunidade  Racional a fazer o rap de crítica “Cidade Holograma”.
2. Projeto Corredor Cultural de Curitiba – parceria UFPR, Prefeitura de Curitiba e Associação Comercial do Paraná.
Dada   essa contextualização inicial, tratemos mais especificamente do   projeto. O nome Corredor Cultural é porque entre as ruas XV e Marechal   Deodoro, do prédio histórico até a Reitoria, há 13 pontos de cultura   enunciados no projeto. São eles: prédio histórico da UFPR, Reitoria,   Teatro Guaíra, Capela Santa Maria, Correio, Centro de Estudos   Bandeirantes (PUC), Centro Tecnológico (PUC), Memorial Guido Viáro   (privado), Diário Popular (privado), Livrarias do Chaim (privado),   Livrarias Curitiba (privado), Cine Luz (não existe mais) e, o mais   incrível, Associação Comercial do Paraná.
O   projeto consiste na confecção de outdoors, no incentivo a grupos   artísticos da Universidade, como o TEUNI e a orquestra, a qual se mudará   par ao primeiro andar (para “encher” a praça de música). Também vão   fazer uma grife Corredor Cultural e uma logomarca. Mas o principal é a   reforma do prédio histórico e do teatro da reitoria.
Toda   a obra é orçada em R$ 35.865.906,00. Todo esse dinheiro virá parte de   recursos públicos, parte de recursos privados. Do erário, as fontes são   emendas parlamentares (como as do deputado Ângelo Vanhoni do PT),   recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura, além de   recursos próprios da UFPR. A porcentagem privada desses recursos é  oriunda de investimentos de empresas e entidades comerciais, como a Associação Comercial do Paraná e a FECOMERCIO.
Em   troca desse custeio, a Universidade, como contrapartida, irá tomar   várias medidas. Entre elas, a criação de lajotas das parcerias, com o   nome dessas empresas no prédio histórico, vídeo institucional, a criação   de um programa de Talentos UFPR, curadores de cultura, site   transparências da FUNPAR, etc. Mas, principalmente, a UFPR irá   transferir parte do potencial construtivo do prédio histórico e do   prédio da Reitoria para essas entidades.
Potencial   construtivo é algo complexo de entender. No plano diretor da cidade,  há  áreas em que há um limite de andares para a construção de edifícios,   como no exemplo da Av. Visconde de Guarapuava, onde há, de um lado da   rua, prédios de 3 andares e, do outro, 10. Digamos que nesse lado onde o   limite é 3 eu seja proprietário de um edifício de apenas 1 andar.   Sobram 2. Esses 2 que sobram são um potencial construtivo, é algo que eu   poderia construir e que, mesmo sem existir, pode ser vendido. Alguém   proprietário de um terreno do outro lado da rua pode comprar os meus 2   que sobraram, os meus 2 de potencial construtivo, para construir então   um edifício de 12 andares, acima do limite do plano diretor. Assim que   nascem prédios gigantescos na saturada região da Praça Osório.
Dessa   forma, o que observamos com a transferência do potencial construtivo  do  prédio histórico e o da reitoria é a venda indireta de algo que é   propriedade da Universidade, portanto, vemos a evidente privatização de   um bem público. Nesse aspecto, haverá uma interface com a Prefeitura,   visto que o prédio histórico não é tombado, enquanto que o bonito prédio   modernista da Reitoria é.
Além   da parceria com a Prefeitura e com essas entidades comerciais, o   projeto também conta com a participação ativa do Instituto de Pesquisa e   Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). A história começa anos atrás.   Em 1992, o quarto andar do prédio histórico sofreu um incêndio. Para   verificar a estrutura arquitetônica do edifício, o IPPUC, como um favor   institucional à Universidade, realizou um levantamento e um estudo  sobre  o prédio.
Agora,   em troca dessa benfeitoria, a UFPR chamou três arquitetos do instituto   para coordenar o projeto Corredor Cultural, sem concurso público, numa   troca de favores. Aqui vem a pergunta, que insiste em reaparecer: qual  a  relação da UFPR com o governo municipal? A UFPR faz papel de Estado  ou  de governo? E qual a relação com essas empresas e entidades  comerciais?
            Todo   esse projeto vem para trazer cultura para a região central da cidade. A   ideia é trazer a periferia para o centro, é revitalizar a região.   Trata-se de uma “invasão de cultura no centro de Curitiba, da Praça   Santos Andrade até a Reitoria, com espaços de moda retrô, reformas nos   prédios, teatros, bares, cafés!”
Segundo   o coordenador de cultura da Universidade, professor Guilherme   Romanelli, um dos responsáveis pela proposta, o projeto “tem o mérito de   ser o embrião de uma política cultural na UFPR, pois as decisões   culturais não podem estar pautadas só na PROEC [Pró-reitoria de Extensão   e Cultura]”.
Cito   parágrafo da reportagem “Corredor Cultural quer revitalizar o entorno   da UFPR” do site da Universidade, acessado em 19/07/2009:
“A   ideia do corredor cultural nasceu de diferentes demandas. A demanda da   comunidade universitária, que vê no Prédio Histórico uma vocação   cultural; dos grupos artísticos da UFPR, que estão em condições   insalubres de trabalho; e da sociedade, em particular moradores do   entorno de 15 mil metros quadrados, e turistas que gostariam de   participar mais da vida cultural ofertada pela universidade”.
O   projeto tem quatro eixos principais: inclusão social, acessibilidade,   segurança e sustentabilidade. Na reportagem, afirmam que os grupos   artísticos ganharão novos espaços e que serão valorizados os cursos de   Luteria e Produção Cênica. Será criado o curso de Museologia, além de um   Museu da UFPR e da manutenção do Museu de Arte (MusA) e do Museu de   Arqueologia e Etnologia (MAE), que serão adequados para atender as ações   educativas. Os três museus terão seus acervos disponíveis  virtualmente,  permitindo acesso gratuito e ilimitado.
De acordo com o site da Associação Comercial do Paraná, Centro Vivo, acessado em 09/11/2010, Na data de   06/10/2009 foi realizada, pelo reitor e pela PROEC uma apresentação do   projeto em parceria UFPR e ACP/Centro Vivo. Estavam presentes   “presidentes das entidades mais representativas do Paraná, tais como   Darci Piana - Presidente da FECOMERCIO/PR, Rodrigo C. da Rocha Loures -   Presidente da FIEP, Ardisson Naim Akel - Presidente da FACIAP, e diversas autoridades municipais”.
Observando   de perto todas essas características, fica claro também outra   importante constatação referente ao projeto: qual a concepção de cultura   da Universidade. Beneficiando diretamente o setor privado e   empresarial, o governo municipal e a UFPR bancam uma noção cultural   pautada no mundo da mercadoria. Consumir cultura, e de quebra consumir   nas lojas ao entorno. Expurgar as classes mais baixas do centro,   higienizar (como se a pobreza fosse sujeira), domesticar, excluir e   moralizar. É essa a cultura que a Universidade deve levar pra sociedade?
3. Consequências da reestruturação para os estudantes da UFPR.
Como   já foi dito, o projeto está orçado em cerca de R$ 35 milhões. Curioso   que para as 83 construções e reformas em andamento na UFPR em 2010  serão  investidos R$ 42 milhões. 
Assim   como a Prefeitura concentra investimentos de recursos numa área   específica da cidade, no centro, em detrimento da região da periferia   (enriquecendo a parte rica e empobrecendo a parte pobre); a Universidade   faz o mesmo, privilegia um setor em detrimento de outros. 
De   acordo com o projeto, o Setor de Ciências Jurídicas – que contém  apenas  dois cursos, o de direito diurno e o de direito noturno – quase  dobrará  seu espaço, terá uma sala para cada professor titular e  aumentará em  80% sua biblioteca. 
Em   contrapartida, os cursos que são da área da cultura, prometidos, como   dito antes, a ficarem no prédio central, vão se mudar para o prédio da   escola técnica – luteria e produção cênica. A psicologia mudará para o   novo campus da R. João Negrão e seu espaço atual do prédio histórico   será completamente destruído para a construção de um imenso auditório de   três andares.
Enquanto   o direito aumenta seu espaço, os cursos do campus novo estão com   destino ainda incerto. Enquanto cada professor titular do direto terá   sua própria sala, no curso de Letras os professores disputam com outros   cursos a possibilidade de ter uma sala de (todos os) professores.   Enquanto a biblioteca do direito quase dobra, não se sabe o que a   história, que ficará no campus João Negrão, irá fazer com os livros de   sociais que precisa usar e que ficarão no campus da Reitoria.
Ainda   assim, o curso de Direito só está sendo beneficiado nos critérios   quantitativos; como é corriqueiro na gestão Zaki, o que importa é a   estatística, o número, e não a qualidade.
A   maioria das salas do curso estão sendo projetadas para abrigarem 115   alunos, ignorando completamente a constante reivindicação estudantil por   salas divididas, de 50 alunos, e o processo de reforma curricular de   2009 que afirmou que a “divisão de turmas é um processo”. Pois bem, a   construção de salas de 115 alunos inviabiliza fisicamente a   possibilidade de algum dia as salas poderem ser menores.
Essa   reivindicação não vem à toa, a pedagogia reconhece há tempos que o   único modo de ter um conhecimento crítico e não mera decoreba passiva de   palestras despejadas no aluno é por meio de um contato mais direto com  o  professor. O modelo 115 alunos é o mesmo seguido por cursinhos, o   modelo de ensino do REUNI, da Reforma Universitária do governo Lula –   modelo “escolão”. 
Não   é a toa que a UFPR teve a 4º maior aprovação na OAB entre as  faculdades  do Brasil inteiro. A intenção é criar um centro de  excelência, para o  que se deve aumentar a quantidade de aulas,  diminuindo o espaço da  pesquisa e extensão, e aumentar a massificação  do ensino. O ensino fica  evidentemente voltado para o mercado de  trabalho. A produção de  conhecimento fica preterida. Centro de  excelência significa aprovação  dos estudantes em exames e concursos,  sucesso no mercado de trabalho. A  educação e a crítica não precisão ser  excelentes.
O   curso de direito também vai ter que sair do prédio histórico por um   período, devido às intensas reformas. Não se sabe para onde o curso vai,   para onde vai sua biblioteca, nesse período.
Estranha   é essa revitalização que tira vida, pois vai retirar 3 dos 4 cursos do   campus Santos Andrade, isolando o curso de direito da universidade,   transformando o espaço público em uma ilha isolada por onde a classe   média intelectualizada vai passar cultura e, principalmente, vai   consumir.
O   projeto também prevê a construção de um teto de vidro para o subsolo  do  campus, onde vai ser inserido um café, uma boutique UFPR e uma  livraria  da Universidade. Consumir cultura. Comprar. Como será a  utilização do  prédio por parte das empresas? No Paço da Liberdade, o  prédio foi cedido  ao financiador SESC, o mesmo acontecerá com parte do  prédio histórico?
O   projeto já foi aprovado no Conselho de Planejamento e Administração   (COPLAD) e embutido no novo Plano Diretor da UFPR no final de 2009. O   que resta ao Movimento Estudantil é debater e lutar pela pauta da   educação socialmente referenciada, gratuita, pública e de qualidade, que   está em séria ameaça com esse projeto. Não podemos cair na ilusão que   querem nos passar de que a única coisa que podemos interferir é o lugar   onde vai ficar a escada, ou onde serão os elevadores. Não devemos nos   eximir de criticar o fundamental, radicalmente. Ou somos em conjunto  com  os estudantes ou nos entregamos passivamente à lógica de mercado, à   interesses evidentemente privados que esse projeto sustenta.
Não   podemos ficar em silêncio. Não podemos aceitar que uma reestruturação   desse porte nos seja imposta goela abaixo. Essa é uma decisão de toda a   comunidade acadêmica, o que inclui imediatamente os estudantes.  Queremos  diálogo de verdade! Queremos cultura para além de um corredor!  Queremos  educação pública e não a serviço dos empresários! Queremos  paridade na  qualidade física entre todos os setores da Universidade!
4. Referências: 
[1] 10/07/2009. “Corredor Cultural quer revitalizar entorno na UFPR”. disponível em: http://www.ufpr.br/adm/ templates/index.php?template= 2&Cod=5271 
[2] 19/07/2009 Pollianna Milan. “UFPR planeja 1 km de cultural.” disponível em: http://www.gazetadopovo.com. br/vidaecidadania/conteudo. phtml?tl=1&id=906627&tit=UFPR- planeja-1-km-de-cultura 
[3] Depois de 06/10/2009. “O Centro Vivo e a Universidade Federal do Paraná promovem café da manhã.” disponível em: http://centrovivo.acpr.com.br/ ?ID_MATERIA=107&ID_TEMPLATE=1 
[4] 13/10/2009. “Corredor Cultural é explicado a empresários.” disponível em: http://www.ufpr.br/adm/ templates/index.php?template= 2&Cod=5630 
[5] novembro/dezembro 2009. “Revitalizando   o centro de Curitiba: Corredor Cultural pretende intensificar ações   unindo áreas coltadas para a Cultura no centro da capital.” em: Revista do Sistema Fecomércio SESC SENAC Paraná. Ano IX nº74 
[6] 02/03/2010. “Novas construções no Centro Politécnico para as engenharias.” disponível em: http://www.ufpr.br/adm/ templates/index.php?template= 3&Cod=6038 
[7] 04/03/2010. Semana do Calouro de Arquitetura e Urbanismo UFPR. Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Elenice Mara Matos Novak, e arquiteta coordenadora do projeto Corredor Cultural, Maria Luiza Dias
[8] 16/03/2010. “Deputado Ângelo Vanhoni participou de encontro com reitor e professores da UFPR”. Disponível em: http://www.ufpr.br/adm/ templates/index.php?template= 2&Cod=6096 
[9] [provavelmente produzido pela PROEC em 2009] “Protocolo de inteções para a implantação do projeto 'Corredor de universalização da cultura': centro cultural UFPR” 
[10] 01/05/2010. “Curitiba é três vezes mais violenta que São Paulo. E empata com o Rio” disponível em: www.gazetadopovo.com.br/.../ conteudo.phtml?id=998243
[11] 09/11/2010. “Cidades brasileiras integram lista das mais desiguais” disponível em: http://www.estadao.com.br/ noticias/geral,cidades- brasileiras-integram-lista- das-mais-desiguais,526730,0. htm 
[12] 19/07/2009 “Lojistas recebem apoio para melhorar atendimento” disponível em: http://www.gazetadopovo.com. br/economia/conteudo.phtml? ema=1&id=906641 
[13] 19/07/2009 “Rua já passa por valorização” disponível em: http://www.gazetadopovo.com. br/economia/conteudo.phtml?tl= 1&id=906639&tit=Rua-ja-passa- por-valorizacao 
[13] 19/07/2009 “Riachuelo quer recuperar brilho” disponível em: http://www.gazetadopovo.com. br/economia/conteudo.phtml? err=1&id=906635

